terça-feira, 28 de junho de 2011

Avaliando o VMware vCenter CapacityIQ

                 

Nas últimas semanas me foi dada a tarefa de avaliar uma nova ferramenta da VMware, a fim de validar uma possível aquisição. Trata-se do VMware vCenter CapacityIQ. Para quem nunca ouviu falar, está é uma ferramenta que visa auxiliar o administrador VMware no gerenciamento da capacidade do ambiente virtual.

A instalação é bastante simples, pois ela é disponibilizada como um ‘appliance virtual’ pré-instalado no formato OVF. Ou seja, basta importa-la no vCenter, configurar a rede e pronto! A ferramenta disponibiliza uma interface WEB. A partir dessa interface podemos fazer algumas outras configurações, como por exemplo, a conexão com o vCenter Server.

O guia de instalação pode ser encontrado no endereço:
http://www.vmware.com/support/pubs/ciq_pubs.html

Uma coisa interessante é que não é necessário fazer nenhum tipo de alteração no VCenter. Depois de conectado, o CapacityIQ passa a coletar os dados do VCenter e a guardá-los em um banco de dados interno (PostgreSQL). Estas informações são então processadas e apresentadas em forma de relatórios ao administrador, através de um plug-in instalado no Vsphere Client. Esse processo não causa nenhum impacto de desempenho no VCenter.

Segue uma imagem da arquitetura do CapacityIQ:


Para que a ferramenta comece a gerar relatórios e gráficos com precisão é necessário aguardar algum tempo para que a quantidade de dados coletados seja suficiente para isso. No “vCenter CapacityIQ Installation Guide” é citado um período de no mínimo 3 dias, mas acredito que para um relatório realmente significativo é necessário no mínimo 1 mês de coleta.

Para acessar a ferramenta, basta clicar no ícone ‘CapacityIQ’ que aparecerá no Vsphere Client: Home --> Solutions and Applications


Após abrir a ferramenta, podemos navegar pelos objetos e suas diversas “views” disponíveis:


A imagem acima, por exemplo, nos dá uma visão da tendência da eficiência da capacidade do Cluster (repare que o objeto selecionado é o cluster, poderia ser uma VM específica também). No gráfico podemos observar que a tendência do ambiente é que o número de VM’s ligadas (Avg. Powered-On VMs) aumente com o passar do tempo, assim como a quantidade de VM’s por host (VMs per Host).

A lista de “Views” disponíveis é interessante e varia de objeto para objeto, para o cluster, por exemplo, temos as seguintes opções:


Algumas são realmente bastante interessantes e podem ajudar muito no ajuste do ambiente, é o caso das:

Oversized Virtual Machines – List (lista as máquinas virtuais que de acordo com os dados coletados se mostraram superdimensionadas).

Undersized Virtual Machines – List (lista as máquinas virtuais que de acordo com os dados coletados se mostraram subdimensionadas).

Além das “Views” existe também a aba “Reports”, na qual uma série de relatórios podem ser gerados de uma maneira extremamente rápida e fácil. Basta clicar no ícone “Run Now” e pronto, o relatório estará disponível para download nos formatos PDF e CSV.


Na opção “Global Settings” você pode fazer diversas modificações na forma como as informações são tratadas e exibidas, interferindo diretamente nas projeções e tendências do ambiente. As configurações vão desde o período considerado nos cálculos até ao algoritmo utilizado para gerar os gráficos de tendência.



Outra ‘feature’ bastante interessante é a possibilidade de simular uma alteração no ambiente virtual e verificar como o ambiente irá reagir. Através da opção “New what-if scenario”.

Conclusão:

De fato a ferramenta fornece ao administrador VMware o que ela promete, que é uma visão ampla da capacidade existente no ambiente e como essa capacidade está sendo utilizada. Fornecendo também uma projeção dessa capacidade e como o ambiente tende a se comportar com o passar do tempo. É claro que por se tratar de um produto recente, com apenas duas versões lançadas até o momento, existem algumas coisas que podem ser melhoradas, e que com certeza serão nos próximos lançamentos. Entre elas, destaco a pouca documentação existente sobre o produto, o que torna algumas informações exibidas meio confusas e difíceis de entender, além das configurações do “Global Settings” que poderiam ser mais bem exploradas se houvesse uma documentação mais completa.

A única coisa que realmente me causou uma impressão ruim foi o fato de que o CapacityIQ não consegue distinguir os “placeholders” criados pelo SRM (Site Recovery Manager) de máquinas virtuais. Dessa forma ele acaba considerando estes “placeholders” como se fossem máquinas virtuais que estão desligadas, o que acaba interferindo nos dados que calculam algumas tendências do ambiente, tornando alguns relatórios e gráficos inconsistentes.

Página do Produto:
http://www.vmware.com/products/vcenter-capacityiq/overview.html